quarta-feira, 27 de abril de 2011

O melhor do blues


* TRACY NELSON - Victim Of The Blues (2011)

Two-time Grammy nominated vocalist Tracy Nelson makes her Delta Groove debut with a strong return to her roots on her latest effort Victim of the Blues. Although best known for her work with the blues rock group Mother Earth in the late 1960's, Nelson has always had an affinity for the real deep traditional blues art form as evidenced on her very first album, Deep Are The Roots, recorded in Chicago back in 1964. Victim of the Blues finds Nelson fully embracing her blues and gospel roots on an inspired program of material that features songs by Jimmy Reed, Otis Spann, Howlin' Wolf, and Ma Rainey, along with appearances by special guests Angela Strehli and Marcia Ball.

Long acclaimed as one of the truly great singers of the modern era, at 66 Tracy Nelson still has the fire for performing great songs. Her latest project, Victim of the Blues, is a loving caress to her original passion: Old-school blues, particularly the Chicago variety.

TRACKS: 01. You'll Be Mine 02. Lead A Horse To Water 03. Shoot My Baby 04. I Know It's A Sin 05. Victim Of The Blues 06. Howlin' For My Baby 07. One More Mile 08. Stranger In My Own Home Town 09. The Love You Save 10. Feel So Bad 11. Without Love

Download: 
http://www.megaupload.com/?d=731XI7JF
ou
http://hotfile.com/dl/115385015/3e50369/TNVOTB11.rar.html

Senha: zinhof

* Fonte: http://zinhof.blog.hr/

domingo, 17 de abril de 2011

Dia-a-dia

(foto: web)

Encontros

Camila é uma coincidência infalível que me acontece quando vou ao centro de Teresina. Caminhando pelas ruas lá está ela olhando uma vitrine de loja. Oi, Camila! Ela retribui com um sorriso puro. E pronto, só isso. Olho o relógio e sigo meu caminho.

Minhas idas ao centro só acontecem uma ou duas vezes durante a semana, e há semana ou mês que nem piso lá. Outro dia vou ao banco, lá está Camila na fila, simpática como sempre. Olhos negros me sondando e ao mesmo tempo respondendo que não marcou encontro comigo ali, nem acolá, nem em lugar nenhum. Mas ela sabe que meu silêncio é verdadeiro, e que  a gente nega participar do teatro do destino que insiste em nos colocar num drama em que há pão na terra e poesia no vinho.  E eis que os protagonistas desse teatro são terminais bancários que cospem o dinheiro da realidade. Camila consulta seu saldo bancário, em dívida, em família e não há troco para sonhos. Me acena com sua mão rosada que o vento não cansa de acariciá-la, e se vai para um outro dia em que a coincidência nos assiste.

De uma coisa a gente sabe: todo teatro se vinga numa tragédia. Tanto eu quanto ela já passamos da idade de aventuras. Preferimos o realidade como se apresenta. Não uma realidade de conformismo, nem de revolução. Mas de enxergar melhor a ordem e o sentido da vida. Dá pra ver a fragilidade da nossa personalidade: ou ignorar  a coincidência ou se aventurar na atração (suicida?)  do destino.

Acho que não há como escapar desses nossos encontros. Outro dia o sindicato convocou a categoria em assembléia, no lugar de sempre: a Praça da Bandeira. Debates acalorados sinalizando greve. Aí o sindicato sugeriu o grupo a sair em passeata pelas ruas de Teresina, um carro de som puxando os manifestantes em ordem de greve por melhores salários. Não gosto dessas passeatas, pois vejo sempre uma cavalaria policial com sabres afiados pronta para entrar em ação contra os manifestante. Como não tenho experiência de heroísmo, olho para os lados em tentativa de fuga, mas vejo ela, montada num cavalo branco, me acenando com um lenço e com o sorriso mais lindo do mundo.

Anda, moço, me empurra gentilmente uma colega atrás de mim. Ainda vejo Camila, um pouco distante na minha frente,  me acena de novo com uma bandeirinha vermelha. Depois ela se perde no meio da revolução. Mas ela deixa seu perfume pelo caminho, entre pessoas que desconhecem tal fragância.

Incrível, como se eu conhecesse a intimidade desse bálsamo há muito tempo. Como um cão com o focinho levantado, prossigo na passeata, segui-la de perto ou de longe e cheirar seu ar puro, seu perfume humano, sua sensualidade de mulher, me encher dessa munição fatal para fulminar o exército indecoroso da injustiça social.


F Wilson

Albinoni: Adagio in G minor

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sábado Rock

(Fotomontagem: F Wilson)


Neste sábado, 16, nosso grupo de curtição da música rock estará reunido na casa do meu irmão Anchieta para mais um Sábado Rock. A denominação surgiu por ser mesmo no sábado, à tarde. É o terceiro encontro que a gente faz, os anteriores aconteceram ano passado. Não é exatamente reunião de saudosistas, mas de conversações, exposição de idéias,  ver lançamentos de cds/dvds desse som que marcou época. É um encontro de gerações que adotaram o estilo rock na essência da vida. 

Confirmaram presença:  Duarte, J. L. Rocha do Nascimento, Zaira Fernandes, André Melo, Raimundo Machado, Ivan Cortês. (Quem sabe o também roqueiro M. de Moura Filho queira participar?)

Bom, pra descontrair, uns golinhos de cerveja gelada enquanto assistimos a vídeos ou cds.  

sábado, 9 de abril de 2011

Preparando a nova sala de aula *

Charge: Frank
 * post no blog xinelao studio do frank, em 08/04/2011

VII FENAVIPI - Festival Nacional de Violão do Piauí

(O violonista Erisvaldo Borges, coordenador do evento)
II FENAVIPI - Festival Nacional de Violão do Piauí


Criado em 2004, o Festival Nacional de Violão do Piauí (FENAVIPI) chega à sua 7ª edição com o patrocínio da Petrobras e com a participação dos grandes nomes do violão contemporâneo. Entre os convidados, figuram: Fábio Zanon, Yamandu Costa, Marco Pereira, Ulisses Rocha, Mário Ulloa e o Argentino Victor Valladangos, entre outros.
 
"O interesse pelo violão clássico no Piauí, notadamente em Teresina, tem crescido bastante nos últimos anos, o que se deve, em parte, ao trabalho persistente e conseqüente do professor e violonista ERISVALDO BORGES que, numa iniciativa quase solitária, ao longo de mais de 20 anos de dedicação ao ensino do violão e à atividade concertística, conseguiu formar vários instrumentistas que, hoje, compartilham com ele o sonho de tornar o violão clássico cada vez mais presente na vida dos piauienses". 


Texto e fotos: Portal Luis Nassif

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Charge do dia *

                                               Charge: Lute                                                   

Charge do Lute para o jornal Hoje em Dia 06/04/2011

* Post extraído do blog do Lute

domingo, 3 de abril de 2011

História do rock

(imagem: google)
Jean-Luc Ponty

A música "rock progressista", o genial estilo que o público dos anos 70 aplaudiu, curtiu, se apaixonou e acompanhou a global imitação desvalida que se proliferou até onde não pode mais. 

Mas o estilo não morre, porque no auge do ritmo, na representação soberana da emoção, existe o sexo que aproxima os coadjuvantes do tempo que engravidam o momento e fazem nascer a nova geração que eterniza a arte musical na história das sociedades.

Conheci Jean-Luc Ponty, talvez, tardiamente, só nos anos oitenta. Mas quando é tarde para a gente pousar os braços na janela de um quadro e ver o mundo, o mar, os continentes, a história e a grande música através dessa janela?


F Wilson

Dia-a-dia

(imagem: google)
Caminhada

Emagrecer ou manter a forma é um assunto sempre preocupante aos sedentários. Os que fazem algum tipo de exercício ou mantêm uma dieta regular, quando o tema vem à tona, logo se apresentam vaidosamente -- os mais falantes descrevem o suor das horas em exercícios ergométricos, caminhadas, levantamento de peso e outros levantamentos, exceto o de copo. O ataque a tribo sedentária é fulminante. Faz-se o consciencioso estado de direito na preservação da saúde e da estética corporal.

Decidi tirar um tempinho para uma caminhada diária. Consultei a agenda. Como no colégio onde trabalho é impossível liberar uma horinha para esse tipo de atividade, descartei. Em casa as crianças precisam do meu reforço para as tarefas escolares – sem chance, pensei. Prevaleceu o despertador. Disciplinei o celular para cinco horas, a melhor hora de sono do trabalhador. Sonolento, calçei os tênis, vesti uma camisa e já me aquecia na calçada quando Marcela, que me vigiava inaudível, sugeriu à sua maneira: “Veste pelo menos um short, ou vai de cueca mesmo?”.

Tomadas alegres do cinema revelam garotas joviais exalando saúde sob o corpo desenhado em malha de lycra, correndo pelos calçadões ao amanhecer do dia. Primeira vez caminhei cinco voltas ao redor do campo de futebol, mas foi mais conversa, pois o pessoal que estava lá fazendo exercício, todos conhecidos meus do bairro,  não queria conversa. Eu é que corria atrás deles perguntando alguma idiotice. Algum, por consideração, diminuía a marcha e me respondia, para logo me deixar para trás. Outro com fone de ouvido ligado ao mp3 do celular só gesticulava as minhas asneiras.

Nesse primeiro dia, suei mais pela humilhação do que pela caminhada. Mas aprendi que a maioria das pessoas não queriam conversa durante suas caminhadas. Elas  pareciam concentradas em cenas sinistras  de conhecidos que morreram de infarto por serem sedentários; ou do cotidiano - que vão emagrecer e serem vistosas ao fazerem compras nos shoppings da cidade; ou se preparando para o futuro de cem anos.

Nos dias seguintes fechei a cara. Entrava no corredor da caminhada, levantava a sobrancelha de um olho em bom dia aos amigos e pronto. Em uma semana já caminhava três quilômetros e corria outros dois. Cinco quilômetros na manhã deixavam o coração oxigenando o sonho do materialismo.

Mas ultimamente venho sentindo falta de alguns companheiros de caminhada. Matutei a ausência deles, não perguntei por decoro às regras ali vigentes ao ritmo que cada usuário faz ao seu passo de viver mais. Ponderei algumas questões que os afastaram da caminhada: 

a) aqueles que são dados ao jornalismo da tv se convenceram de uma divulgação científica recente de que dormir bem emagrece. Então decidiram eles dormir ao ficarem circulando o campo vendo as mesmas caras; 

b) especulo também se não é por causa da escuridão do inverno nas manhãs desses  meses de março e abril na nossa cidade às cinco horas. Se esse o motivo, eu, por exemplo, fico esperando clarear, deito um pouquinho ainda arrumado e com tênis nos pés, e só acordo quando Marcela já pronta para  seu trabalho, me toca perguntando se agora faço caminhada dormindo na rede.

F Wilson

sábado, 2 de abril de 2011

Contaminação *

Charge: J Bosco

* Post extraído do blog Lápis de Memória. Sábado, 02 de abril de 2011.